Ampliar a rede de estações de biodiversidade
A Altri Florestal pretende duplicar este ano a rede existente. Está a ser revista a informação dos valores naturais nestes espaços e a serem avaliadas as necessidades de intervenção e a oportunidade de constituir minirreservas.
A criação de uma rede de estações de biodiversidade levou a que estes espaços fossem monitorizados por forma a assumirem um valor relevante para a empresa e para a comunidade local. São espaços que, apesar de se encontrarem em áreas geridas pela Altri Florestal, estão abertos a entidades como instituições de investigação, escolas ou visitantes de áreas naturais.
“Há 10 anos que participamos na plataforma Biodiversity4All, onde colocamos todos os nossos avistamentos de espécies e habitats. A nossa ideia é incentivar os parceiros e a sociedade em geral a colocar mais informação nessa plataforma”, explica Pedro Serafim, responsável pela Certificação Florestal e Biodiversidade da Altri Florestal, visto que a abertura e a partilha de informação traz benefícios mútuos.
Existem duas estações de biodiversidade instaladas, uma está localizada na Quinta do Furadouro e a outra na Ribeira da Foz, em Constância. A ambição da Altri Florestal é ter 10 a 12 estações de biodiversidade espalhadas de norte a sul do País.
![Painel informativo na estação de biodiversidade na Quinta do Furadouro](https://cdn.xl.pt/conteudos/uploads/sites/12/2020/05/FLO-TEXTO-4-Interior-1920x1200.jpg)
Este ano são criadas duas novas estações, uma no projeto Cabeço Santo, em Águeda, onde existe uma parceria que tem 12 anos de colaboração com uma associação local que faz o restauro da ribeira de Belazaima; e outra estação de biodiversidade no Parque Natural da Serra de São Mamede, numa área chamada Palmeiro, junto à fronteira com Espanha. Um local classificado pela Altri Florestal como tendo alto valor de conservação.
Os passos seguintes consistirão em alargar a rede todos os anos, mas de forma estruturada e realista. “Temos capacidade de monitorizar bem e perceber o valor existente nesse espaço, por isso é possível instalar a estação, acompanhá-la, conservá-la e criar condições para que as pessoas a visitem”, diz o responsável pela Certificação Florestal e Biodiversidade da Altri Florestal.
Para poder ter a participação de diversas entidades e pessoas interessadas nestes temas é necessário comunicar bem este conjunto de iniciativas. Nesse sentido, a Altri Florestal vai produzir e publicar um vídeo temático das áreas de conservação e disponibilizar um mapa interativo com a distribuição das espécies, mostrando onde estão ao longo do património da Altri Florestal.
Outra ambição é ter instituições de investigação científica a analisar e estudar as áreas de floresta de eucalipto. Um habitat pouco estudado em Portugal. Há alguns trabalhos relacionados com as aves de rapina ou os mamíferos que usam o habitat do eucaliptal, mas existem outros trabalhos científicos que podem ser desenvolvidos nestas áreas.