Estratégia para preparar o futuro

Estratégia para preparar o futuro

A valorização dos ativos naturais e o esforço de gestão da biodiversidade desenvolvidos pela Altri Florestal vão passar a ser coordenados de uma forma mais estruturada.

Até ao ano passado, a Altri Florestal desenvolveu importantes iniciativas de valorização e recuperação de biodiversidade nas áreas protegidas que se encontram no património gerido pela Altri Florestal. Foram projetos individuais, trabalhados de forma isolada em cada área protegida. 

Em 2019 surgiu uma nova abordagem. Entendeu-se que era necessário ter uma visão mais abrangente destas iniciativas. Era importante começar a valorizar os ativos naturais e o esforço de gestão da biodiversidade de outra forma. 

Perante esta realidade, o responsável pela Certificação Florestal e Biodiversidade da Altri Florestal, Pedro Serafim, conta que ao analisar as ações efetuadas no terreno e os bons resultados alcançados se perguntaram que marca gostariam de deixar na gestão da biodiversidade nas próximas duas décadas. 

A resposta encontrada foi a necessidade de ter uma estratégia comum num horizonte temporal de 20 anos. A cada cinco anos a estratégia deve ser revista.

Devem fazer-se as adaptações necessárias aos planos operacionais, tendo por base as circunstâncias e as condições do momento, assim como os progressos e as dificuldades experienciadas nas linhas de ação. 

Neste processo a Altri Florestal entendeu que era importante ter uma estrutura de acompanhamento capaz de prover a criação de uma estrutura de caráter consultivo com participação de personalidades exteriores, representantes de partes interessadas, dedicada à análise da estratégia que avalia os resultados obtidos e que proponha novas ações para ajudar a atingir os objetivos operacionais. 

Quatro princípios

Foi deste trabalho de introspeção que se chegou à definição de quatro princípios que passaram a nortear a ação da Altri Florestal na gestão das áreas de conservação. A valorização é o primeiro deles. Diz respeito ao património e inclui o seu restauro e a comunicação destes valores. 

O segundo princípio é a partilha. Uma situação que já acontecia, dada a proximidade e a colaboração com diferentes organizações ambientais e centros de investigação. Pedro Serafim refere que “todos os locais estão abertos para estudos de investigação e para a sociedade”. O terceiro princípio é acompanhar. 

Na prática é monitorizar os espaços e perceber se os esforços que estão a ser feitos pela Altri Florestal no restauro e na manutenção das condições têm impacto ou não nas espécies. O quarto e último princípio é avaliar. 

Avaliar e acompanhar são muito dependentes, pois queremos saber se o investimento que estamos a fazer está a ter efeito.

explica Pedro Serafim

Dar coerência territorial

Existe uma grande dispersão territorial no raio de ação da Altri Florestal. Estão presentes do Minho até ao Algarve e a forma como os valores naturais se distribuem no património acompanha a dispersão da própria produção florestal. 

“Há áreas com muito valor natural, mas estão isoladas, no sentido em que temos apenas aquela área como gestão, portanto, temos de ter alguma coerência onde vamos alocar os esforços de investimento”, explica Pedro Serafim, mas não só. 

É preciso analisar para saber se faz sentido, qual é a dimensão do habitat e se é uma área com presença garantida da Altri Florestal a longo prazo. Um exemplo: Arouca. “Se estamos junto ao rio Paiva e temos uma presença com uma área própria e arrendamentos faz sentido apostar na gestão da biodiversidade, mais do que em outros locais, onde só estamos de forma pontual.” 

A conservação e promoção da biodiversidade vai continuar a fazer parte da identidade da Altri Florestal que se apresenta como uma empresa de produção florestal que aposta na gestão da biodiversidade. 

Para esse efeito, os quatro princípios enumerados evoluíram para cinco objetivos estratégicos que visam conservar e restaurar os ecossistemas que são relevantes no património da empresa. Esses objetivos estratégicos são levados para o terreno através de objetivos operacionais que guiam a visão da Altri Florestal na gestão da biodiversidade.